quinta-feira, 23 de julho de 2009

UTOPIA BELGA


À noite partilhamos a mesa – e o pad thai feito com as nossas mãos – com o casal de belgas Marc e Mie, companheiros na aventura culinária. Depois, guiados pelo simpático ladyboy que trabalha na nossa guesthouse – (chama-me “My Man!” o que me provoca riso até descobrir que ele diz o mesmo a outros rapazes... pfff), partimos em excursão noctívaga. Trocamos experiências de vida em Portugal e na Bélgica e dissertamos sobre prós e contras. Concluímos que nascemos no lado sortudo do globo. O Marc argumenta que os Governos ocidentais deveriam pagar uma viagem aos adolescentes, antes de entrarem na universidade, para que conhecessem as Índias deste mundo. No fundo para que se apercebessem de como são (somos) afortunados. Tem razão. Aqui estamos, num bar de Chiang Mai, a beber cervejas Singha e Chang, a criar novos episódios do nosso caminho agora cruzado com estes amigos belgas. As partidas de snooker a quatro têm fundo sonoro por uma banda local que assassina êxitos dos The Doors, antes de dar lugar a um grupo de descendentes de Bob Marley que maltratam hits do rei do reggae. O bar chama-se Utopia. Mas a noite partilhada parece querer contrariar essa ideia de inalcançável.

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