sexta-feira, 17 de julho de 2009

MEDITAÇÃO RURAL






O parque de Si Satchanalai evoca bem o termo de ruína histórica. São poucos os vestígios ainda de pé do passado imponente, mas o passeio vale pela oportunidade de regressar ao selim da bicicleta. À procura de stupas (torres em forma de sino, divididas por cinco elementos estruturais que simbolizam a terra, a água, o fogo, o vento e o vazio) devidamente preservadas, assobiamos a música do Verão Azul e cantarolamos “é uma casa portuguesa, com certeza” sem voz de Amália. Entusiasmados, decidimos enfrentar uma ponte digna das aventuras de Indiana Jones e os cinco quilómetros que nos separam do museu dedicado ao forno de Chialang, um dos muitos descobertos na zona e responsável pelo fabrico de peças de olaria que granjearam fama por outras partes do mundo (os Indonésios eram coleccionadores dedicados). Faltam legendas em inglês para entendermos a riqueza exposta mas, como temos constatado várias vezes, é no trajecto que está o verdadeiro achado. Ao longo da estrada rural admiramos a arquitectura das casas e o cuidado com que são mantidas, enquanto respondemos aos afectuosos “hello” enviados pelos habitantes à beira da estrada. O regresso pesa nas pernas. Paramos numa sombra e meditamos como se imitássemos as estátuas do Buda sentado. Viajamos no tempo até estarmos de novo deitados no nosso quarto, satisfeitos por mais um dia cumprido.

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