segunda-feira, 20 de julho de 2009

CHIANG MAI EXCURSIONISTA


Não há histórias para contar numa viagem de autocarro tailandês. Excepto quando este pára junto a uma berma para a revisora dos bilhetes sair. Aproxima-se de uma árvore e começa a martelar a casca, impelindo as lascas para dentro de um saco de plástico. Sábio, um monge tibetano ausenta-se do assento, desce do autocarro, e distancia-se cinco metros. Ele sabe que tem tempo de aliviar a bexiga, tapado pelo hábito cor de laranja. Ou excepto quando almoçamos uma salsicha e um pão com um recheio indefinido, comprados numa banca de estrada. Também não há histórias para contar na chegada a uma nova cidade tailandesa. Excepto quando somos confrontados com um Carnaval já esquecido: taxistas de songthaews a apresentarem preços inflacionados a que reagimos com regateio até chegar a um acordo. Ou quando a guesthouse em que pernoitamos é uma verdadeira mini-cidade turística, com salão de tatuagens e massagens e um maciço livro de excursões e actividades à disposição, ilustrado por fotos de anteriores viajantes visivelmente contentes. Não há tempo para ter saudades de Sukhothai. À minha frente está uma fumegante sopa de galinha e legumes que reclama toda a atenção. Picante q.b., está claro.

Sem comentários: