terça-feira, 28 de julho de 2009

ALDEIA FAJUTA




A segunda paragem da excursão marcada através da nossa guesthouse leva-nos até duas aldeias de tribos das montanhas. Refugiados do Tibete, Myanmar, Laos ou China, os representantes destas etnias têm características distintas em termos de vestuário, costumes, língua e crenças espirituais. Tornaram-se um atractivo turístico região norte da Tailândia mas o negócio do “treking étnico” acabou por desvirtuar muitas aldeias. A primeira em que paramos, pertencente a tribo Karen, ainda mostra elementos de autenticidade. Crianças descalças jogam à bola. Galos e porcos circulam livremente. Idosas tecem lenços em teares manuais. Meninas vestem o branco destinado às mulheres não casadas. Sente-se um ambiente campestre apesar dos expositores com lembranças para turista comprar. Mas nada comparado com a segunda paragem. Composta por dez casotas (uma delas com um cartaz a anunciar “Massage / Relaxation”), a “aldeia” estava praticamente deserta. As bancas das vendedoras presentes parecem uma imitação do mercado nocturno de Chiang Mai. Estatuetas de Buda, pulseiras, colares, malas, lenços, cintos da Diesel, carteiras... cintos de quê? No cor-de-rosa forte, o cinto parece berrar a falsidade daquela aldeia forjada. Estamos em pleno parque temático. E ainda por cima não precisamos de cintos.

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