quinta-feira, 16 de julho de 2009

SUKHOTHAI MILENAR





Acordamos sem a sensação de sermos fugitivos. A Índia deixa vergões e auto-defesas que custam a ultrapassar. As simpatias recolhidas junto do pessoal do nosso hostel facilitam a que baixemos um pouco a guarda. Dedicamos o dia à Velha Sukhothai. A deslocação até ao parque histórico é feita em songthaew, “táxi” colectivo em forma de carrinha (tanto de caixa aberta ou fechada) onde os passageiros se acotovelam em dois bancos corridos. Alugamos duas bicicletas para descobrir os wat (templos) dispersos pelo recinto de jardins de relva tratada, lagos com flores de lótus e árvores que providenciam sombras abundantes. Imprimimos uma força moderada aos pedais para deslizarmos como uma brisa entre vestígios de grandeza histórica. Os músculos descontraem da tensão permanente. Somos duas crianças entre monumentos milenares. Estacamos junto a um Buda cujo corpo esbelto contraria as conhecidas representações chinesas. O sorriso exala uma serenidade contagiante. Partilhamos o nirvana deste contentamento enquanto inspiramos uma pureza de ar que nos recorda Rameswaram.

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