quinta-feira, 30 de julho de 2009

PARTIDA CONVULSA




Há coisas que mudam do dia para a noite. Como a deliciosa sopa com leite de coco do jantar que se transforma num pesadelo intestinal na manhã seguinte. O mal estar estomacal adia a partida. Passamos parte do dia a vasculhar estantes de livrarias, onde lombadas de livros usados coabitam com livros novos. Nos correios enviamos para Portugal uma segunda remessa de lembranças (o saco cosido na Índia já havia seguido). Depois assistimos ao entardecer da cidade no templo Phra Sing. De cabelo rapado e vestes cor-de-laranja, jovens estudantes do budismo jogam à bola, conversam e riem no jardim exterior. Até dão pontapés nos traseiros uns dos outros. Lá fora, junto às grades da escola pública, adolescentes fardados com camisa branca e saia/calça azul, brincam com os telemóveis enquanto namoriscam sentados nas aceleras. À custa de repouso, chá e panquecas, o meu estômago dá sinais de melhoria. E como num passe de mágica, depressa estamos numa mini carrinha a caminho Chiang Khong, terra fronteiriça. Desta vez temos alojamento marcado, “cortesia” da Libra Guesthouse está claro. O calor do dia contrasta com a descida de temperatura à noite. A janela da cabana de madeira não fecha e faltam cobertores para o frio que se avizinha. Solicitamos reforços e dormimos num casulo de mantas e repelente de mosquito. Amanhã conheceremos um novo país.

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