sexta-feira, 24 de julho de 2009

PARA BAIXO NEM TODOS OS DEUSES AJUDAM






O ambiente da Libra guesthouse presta-se à modorra. Acordamos com descontracção, sem planos definidos. Durante o pequeno-almoço tardio, decidimos ir até Doi Suthep. Construído em 1383, o templo alcandorado no topo da montanha é um dos locais de peregrinação mais sagrados da Tailândia. A viagem de songthaew é composta de curvas e contracurvas. A enjoativa subida de pick-up tem sequência numa ascensão pedonal de 300 degraus. Os 1676 metros de altitude dificultam a tarefa; a fraqueza invade os nossos corpos que só ganham alento face à visão de um templo soberbo. Somos recebidos por dezenas de representações de Buda em diferentes atitudes meditativas, monges que nos abençoam com rezas enquanto atam fios brancos ao nosso pulso, e um corrupio de devotos que acendem velas, queimam incenso e oferendam flores. A atmosfera turística é compensada pela beleza das formas dos templos e estátuas. A intensa luz solar reflecte-se no dourado e transmite uma matiz divina. Mas nem a bênção budista nos salva do martírio que é o retorno do cume. Os 30 minutos de descida acidentada causam um desconforto que mede forças com uma longa viagem de comboio na Índia. Que saudades das estradas rectilíneas que nos trouxeram até Chiang Mai.

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