sexta-feira, 8 de maio de 2009

NA PALMA DA MÃO

É hoje. É agora. Antes houve despedidas, mais ou menos emocionadas. Parece faltar uma justeza do que se vai passar. Por enquanto tudo não passa de impressões em papel, tracejados num mapa, ideias feitas na cabeça. O roteiro podia ser uma linha da palma da mão. Olho para elas. Há riscos fortes e vigorosos que parecem esquartejar a palma em segmentos distintos. Mas cada uma dessas linhas está igualmente retalhada por uma imensidão de pequenos golpes. Assemelham-se a obstáculos. Entraves à travessia destas rectas serpenteantes que ganham o poder de sintetizar o mundo. O despertador toca de madrugada. O coração acelera. É hoje. É agora.

1 comentário:

Unknown disse...

O despertador toca e acorda-nos de um sono demasiado curto. A noite fora passada às voltas a tentar perceber e resolver um qualquer problema que parecia poder inviabilizar a utilização do cartão de crédito além fronteiras. Sim, lembro-me bem do nervoso miudinho que nos assolou nessa manhã... sobretudo, o que mais me custou foi resistir à tentação de verificar, pela enésima vez, se não faltava mesmo nada.
AV