quinta-feira, 21 de maio de 2009

UIVO LANCINANTE



O Hotel Sheela fica quase colado à porta Este de acesso ao Taj Mahal. Apesar das várias lojas de artesanato e de telemóveis, a rua é pacata e alcatroada. Um pequeno carreiro ao longo da muralha que protege o (provavelmente) monumento mais conhecido do mundo, leva-nos até ao rio Yamuna. Entardece e este não é um local turístico. Jovens jogam críquete ou mergulham na água. Na penumbra atrás de nós surge o Taj, num esplendor antecipado. O acto de contemplação é sobressaltado. Agra deixa vergões na alma e os sentidos jamais deixam de estar em alerta máximo. Feito o reconhecimento do local e das gentes, acedemos a um momento de pacatez junto ao depósito de lixo que faz as vezes de margem (plástico e mais plástico, em forma de sacos e garrafas). Um cão uiva ao companheiro isolado no outro lado do rio. Simpatizamos com a dor dele.

2 comentários:

Anónimo disse...

ai como eu seria tão feliz aqui...
quem sabe um dia!

beijinhos*
Márcia

Paulo M. Morais disse...

feliz aqui no Taj Mahal? ;-)
Agra é mesmo, mas mesmo, muito dura. Um sufoco quase constante...
kiss