sexta-feira, 5 de junho de 2009

ORCCHA TEMPORÁRIA




À saída de Khajuraho, falta a companhia coreana. Pensáramos que ela jamais nos largaria, agradecida por encontrar um saboroso e prestável encosto para esta etapa da viagem. Nada disso. Após o registo na guest-house inicial, apenas a encontrámos casualmente. Ela sempre embrenhada na vidinha dela, numa certa incapacidade de expressar o que andava a fazer. Nós numa incredulidade pacóvia sobre aquela capacidade de resistência solitária. No autocarro para Orccha mantivemos a companhia do arquitecto de Girona a trabalhar na Índia inserido numa ONG e que resolveu aproveitar o período de férias para conhecer um pouco mais do país. Abrigados na bonomia de Jordi, passamos parte de um dia a percorrer placidamente vielas estreitas, visitar palácios abandonados, sentir a brisa da corrente do rio. Ao fim da tarde espera-nos um comboio para Nova Deli. E um abraço de adeus àquele rapaz inteligente, esguio e moreno, nosso “ombro” esbelto durante alguns dias. É o primeiro novo amigo que fazemos. E é a primeira despedida que nos marca o coração.

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