terça-feira, 27 de outubro de 2009

HALONG BAY EM TOM ARTIFICIAL







O tempo não dá sinal de melhoras. O céu branco assentou arraial na cidade vermelha. Decidimos por isso visitar a famosa Halong Bay num único dia em vez de uma excursão mais prolongada. Regressamos ao instinto para escolher um novo operador turístico. Os folhetos apregoam banhos de sol e de mar numa área com a chancela da UNESCO. Não teremos essa sorte mas pelo menos o guia fala um inglês aceitável e o grupo da excursão parece animado. No porto, centenas de barcos, grandes e pequenos, esperam ansiosamente por turistas. A bordo do nosso "galeão" de one-day-tour instala-se o bom ambiente, a contrastar com o clima nublado que teima em ofuscar o esplendor do golfo de Tonkin, pontuado por cerca de dois mil ilhéus de tamanhos divergentes e formas peculiares. Desembarcamos num dos de maior dimensão para visitar duas grutas. Estalactites e estalagmites desafiam as leis da física criando, com a ajuda de iluminação artificial, figuras saídas de um pesadelo do suíço HR Giger. Não satisfeitos com o surrealismo natural, os guias impingem-nos significados mirabolantes e rebuscados. Como se fossem necessárias pesadelos adicionais aos aliens que habitam as cavernas.

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