segunda-feira, 14 de setembro de 2009

VANG VIENG PACIFICADORA






Deixamos a terra triste em direcção a Vang Vieng. Não entusiasmam as descrições sobre o destino, lugar típico para diversão do turista ocidental. A principal atracção? Navegar rio abaixo refastelado numa câmara de pneu. As dificuldades em arranjar transporte para sair de Phonsavan não deixaram alternativa. Será aqui que passaremos o fim-de-ano. Aproveitamos para relaxar à beira da água, na sombra de uma cabana com tecto de palha, com vista para o impressionante recorte dos Penhascos Vermelhos. Lemos os nossos livros em segunda mão e rimo-nos das figuras de quem passa no rio agarrado a um pneu de camioneta. Ao jantar reencontramos um casal britânico com quem havíamos trocado impressões durante uma paragem do trajecto Phonsavan - Vang Vieng. Dick e Jane são reformados, sexagenários, mas carregam com à vontade mochilas iguais às nossas. Têm um espírito simples com que nos identificamos. São jovens. Ou talvez sejamos nós velhos. Seja como for, são a nossa bela companhia no brinde da meia-noite, nos abraços e beijos de viva o ano novo, nos desejos de felicidade. A noite do Laos mistura harmonia com foguetes para turista ver. No dia seguinte, descemos o rio na companhia do Dick. Numa câmara de ar. Um trajecto pacificador, numa água límpida, com vista para uma vegetação frondosa. Fizemos bem em vir a Vang Vieng. Nem que seja pelo exemplo de vida do duo inglês.

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