quarta-feira, 2 de setembro de 2009

PAISAGENS ACETINADAS


Acordamos cedo. Um grupo de budistas sai dos aposentos nos wats e ruma até à porta das moradias. Os habitantes esperam-nos com oferendas de comida. O feitiço Lao prossegue com a visita ao Palácio e Museu Real. Mandado construir em 1904 pelo rei Sisavangvong, lar das sucessivas famílias reais até à abolição da monarquia em 1975, o edifício e o wat adjacente resplandece sob o sol brilhante que faz desaparecer a atmosfera enevoada e mística. De tarde, subimos os 329 degraus do monte Phousi para assistir ao pôr-do-sol colados à stupa do templo Chom Phousi. Aos nossos pés, Luang Prabang parece incitar-nos a não sobrecarregar novamente os nossos ombros com o peso das mochilas. A noite cai com a suavidade de um manto de cetim, confortando-nos com uma sensação caseira. A mais de dez mil quilómetros, comemora-se o dia de Natal. Telefonamos para ouvir vozes distantes e aquecer corações familiares. E bebemos uma Beerlao para serenar as saudades despertas.

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