quarta-feira, 23 de setembro de 2009

SURREALISMO OCIDENTAL






Nem tudo resplandece em Vientiane. Inacabado e por pintar, o Arco da Vitória coroa desastradamente a grande avenida Lane Xang. As paredes forradas de cimento norte-americano, “desviado” da construção do aeroporto de Wattai, contrastam com os dourados e cores alegres dos templos. Alternamos entre o sublime e o surreal. Agora já dentro de um autocarro de carreira que nos leva para fora do centro até ao Xieng Khan. O Parque dos Budas é isso mesmo: uma extensa colecção de esculturas. Deitados ou sentados, sozinhos ou acompanhados, há Budas para todos os gostos, entre bocas do inferno e divindades monstruosas. O calor aperta. Os olhos das estátuas perseguem-nos. Regressamos a Vientiane. Adquirimos novas leituras numa loja de livros em segunda mão. Os preços, tal como a restauração repleta de restaurantes afrancesados, estão a ocidentalizar-se. A noite agradável presta-se a passeios. Numa esquina, um grupo de mulheres pousa à porta de um bar com porta semi-fechada. E durante um minuto parece termos regressado à Tailândia.

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